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Yoga

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A palavra Yoga vem da raiz sânscrita “Yui” a qual significa “unir”. O princípio é unir o processo de purificação das alterações físico/energética, através de ações com consciência. Acreditamos que o melhor caminho para a união é a entrega à Vida e ao Amor.

Yoga é a transcendência do envolvimento do Ser humano comum com o mundo externo. Tomar consciência da realidade transcendente, ao Espírito, a si mesmo ou à Essência Divina, conhecida como separada, de algum modo, do mundo material.

Ter a finalidade explícita de fazer descer a “Consciência Divina” para o corpo e a mente humana e para a vida comum. Ou seja, corporificar o divino que está em você.

Ao contrário dos antigos yogues que vão direto da mente para a divindade absoluta e vêem toda a existência dinâmica como ignorância e ilusão, damos atenção para toda trajetória de crescimento com consciência e presença. As etapas da vida são para serem vividas de forma integrada. Ao praticar yoga, esta integração ocorrerá naturalmente, dando estrutura e base no des-envolvimento humano.

No nível prático, a yoga praticada no Instituto União se baseia na ação sincronizada da aspiração pessoal que vem “de baixo”, e da graça divina que vêm “de cima”.

 

Reflexão:
“Não tem mais lar o que mora em tudo
Não há mais dádivas
Para o que não tem mãos.
Não há mundos nem caminhos
Para o que é maior que os caminhos
E os mundos
Não há mais nada além de ti.
Porque te dispersate
Circula em todas as coisas
E todos te sentem
Sentem-te como a si mesmos
E não sabem falar de ti.”

Durante as práticas temos como base os oito membros do caminho da auto-transcendência:

1) Disciplina (Yama)

A disciplina está relacionada com a ética moral, seguindo os princípios:

  • Não-violência (ahimsa): em pensamentos e ações. O desejo de não fazer mal a si próprio e a outro ser nasce do impulso de unificação e de transcendência do ego, o qual vive, caracteristicamente, em guerra consigo mesmo.
  • Veracidade (sathya): está relacionado com a verdade interior, que não cria desequilíbrios e manifestações egóicas.
  • Não roubar (asteya): liga-se de perto à não-violência, uma vez que o ato de apropriar-se de coisas de valor sem autorização do proprietário é uma violência contra a pessoa de quem essas coisas são roubadas.
  • Castidade (brahma charya): recolhimento da energia vital como princípio de crescimento interior. Desenvolvimento sexual num aspecto tântrico. Não só o aspecto sexual, mas o auto-controle dos desejos físicos.
  • Não cobiçar (aparigraha): desapegar dos bens materiais. Valorizá-lo mais não sofrer pela perda ou pela falta.

2) Auto-Controle (Niyama)

Está relacionado com o controle da energia psicofísica liberada pela prática regular da disciplina moral. Os elementos do auto-controle dizem respeito à vida interior.

Servem para harmonizar o relacionamento de si com os outros seres, com a vida em geral e com a realidade transcendental.

3) Postura (Asana)

Desde que fomos gerados assumimos uma postura na vida. Seja ela uma postura física ou ética.

As posturas da yoga trabalham em todas as dimensões do corpo-mente-espírito, contraindo e relaxando os sistemas esqueléticos, musculares, cardiovasculares, digestivos, glandulares e nervosos. Ajuda a cultivar a concentração e a calma. Cada postura que adotamos diariamente na vida, seja ela interior (mental, atitude) ou exterior (postura física), pode beneficiar ou prejudicar esses sistemas.

Quando assumimos uma postura correta e harmônica, através das práticas de asanas e pranayamas, rejuvenescemos o corpo e conseqüentemente aumentamos a longevidade.

Através das posturas de yoga, adquirimos também um corpo saudável, forte, flexível, ágil, resistente e harmonioso pelo caminho de uma prática espiritualizada de ação.

4) Controle da Respiração (Pranayama)

O controle da respiração através das técnicas de pranayamas é a maneira mais evidente pela qual os iogues ou yogins procuram influenciar o campo bioenergético do corpo. A idéia da bioenergia se encontra em muitas culturas: os chineses chamam de chi, os japoneses de ki, os polinésios de mana, os ameríndios de orenda, os pesquisadores modernos de bioplasma.

Na yoga chama-se prana. Tem sido traduzido como “respiração”. Na verdade, a palavra sânscrita ‘prana’ significa ‘força vital’ ou ‘energia vital’.

Através do controle da respiração associado à concentração, a força vital corpo-mente pode ser estimulada e dirigida. Em geral, é dirigida para os centros energéticos visando o equilíbrio psicofísico.

“Respiração é Vida. Aquele que controla a respiração controla a vida.”

“Prana, o sopro vital, é nascido no Ser. Como uma pessoa e sua sombra, o Ser e o Prana são inseparáveis. Prana entra no corpo no nascimento, mas não morre com o corpo.” – Prana Upanishad

“Quando a respiração está controlada, a mente está controlada”. – Charakha Samhita

5) Recolhimento dos Sentidos (Pratyahara)

Estão relacionados com:

  • o olhar e os olhos;
  • o escutar e os ouvidos;
  • o cheirar e o nariz;
  • o tocar e a pele;
  • o paladar e a língua.

Percebemos que eles estão relacionados com o mundo externo. Experenciamos a vida através dos sentidos.

As experiências sempre trazem um resultado que pode ser interpretado como agradável ou desagradável.

Através das práticas yogues podemos recolher os sentidos com o intuito de apenas observarmos as experiências, sem deixar que o ego julgue bom ou ruim.

O não julgar é que gera o aprendizado. Ao recolher os sentidos temos uma percepção maior do mundo interior. Controlando os sentidos é possível ter uma vida mais equilibrada e com paz, pois muitas vezes somos manipulados pelos nossos próprios sentidos.

Uma imagem ou um cheiro irresistível muitas vezes já são o suficiente para nos tirar a concentração. Entretanto, nem sempre é possível experenciar os desejos na hora que eles aparecem. E quando isso não acontece o que acontece ? Muitas vezes surge uma irritabilidade, um nervosismo.

6) Concentração (Dharana)

É o estado de plena atenção integrando todo o Ser num único ponto e objetivo, onde a mente permanece imóvel em um constante equilíbrio das suas ondas. A concentração yogue é um estado de alta energia e constante estado de alerta.

7) Meditação (Dhyana)

Meditação

A meditação é uma prática no qual o indivíduo busca a unidade, a totalidade, o estado de paz, felicidade e transcendência.

Com a união da percepção não-dualista e a concentração natural podemos chegar ao estado meditativo. Quando desapegamos dos pensamentos confusos, das preocupações, de toda negatividade é que passamos a vivenciar o momento presente, consciente dele, uno com tudo e em paz consigo mesmo.

Ao meditar encontramos dentro de nós o equilíbrio e o grande poder de Deus, passando a manifestar a nossa Divindade e a sabedoria interior.

8) Êxtase (Samadhi)

Êxtase é o absoluto estado de identidade com o momento presente, onde não existe passado nem futuro. O êxtase acontece quando existe concentração (estar no próprio centro) suficiente.

Através das práticas das diversas fases e tipos de êxtase adquirimos o estado de identidade com o si mesmo ou de Ser-Consciência transcendente.

A yoga clássica diferencia o samadhi da seguinte maneira:

  • Viutthana citta: consciência desperta ordinária;
  • Pratyahara: reconhecimento dos sentidos;
  • Dharana: concentração;
  • Dhyana: meditação;
  • Savitarka samapatti: consciência acompanhada da cognição;
  • Nirvitarka samapatti: consciência além da cognição;
  • Savicara samapatti: consciência acompanhada de reflexção;
  • Nirvicara samapatti: consciência além da reflexção;
  • Nirananda samapatti: consciência além da felicidade;
  • Sasmita samapatti: consciência acompanhada da noção do “eu”;
  • Nirasmita samapatti: consciência além da noção do “eu”;
  • Asamprajnata samadhi: êxtase supraconsciente;
  • Dharma megha samadhi: êxtase da “nuvem do dharma”;
  • Kaivalya: libertação.